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Tratamento de Exceções no MariaDB PL/SQL: Conceitos e Exemplos

Tratamento de Exceções no MariaDB PL/SQL: Conceitos e Exemplos

O MariaDB é um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional de código aberto que suporta diversas funcionalidades avançadas, incluindo o suporte a procedimentos armazenados e funções. PL/SQL (Procedural Language/Structured Query Language) é a linguagem de programação usada para escrever procedimentos armazenados, funções e blocos de código no MariaDB.

O tratamento adequado de exceções é uma parte essencial da programação em PL/SQL. Quando um procedimento ou função encontra um erro durante a sua execução, é importante capturar e tratar essas exceções de forma apropriada. Isso ajuda a garantir a integridade dos dados, evitar interrupções inesperadas e fornecer uma melhor experiência ao usuário.

Em meu último artigo, abordei as diferenças básicas no tratamento de exceções entre o Oracle e o MariaDB. Hoje, vamos nos aprofundar ainda mais no tratamento de exceções no MariaDB em si.

Estrutura básica do tratamento de exceções no PL/SQL

Em PL/SQL, o tratamento de exceções é realizado usando blocos BEGIN...EXCEPTION...END. A estrutura básica é a seguinte:

BEGIN
  -- Bloco de código PL/SQL
EXCEPTION
  -- Tratamento das exceções
END;

Dentro do bloco BEGIN, você escreverá o código que pode gerar exceções. Caso alguma exceção ocorra, o fluxo do programa será interrompido e a execução passará para o bloco EXCEPTION, onde você poderá lidar com o erro de diferentes maneiras.

Existem várias formas de tratamento de exceções no PL/SQL, como:

1. Utilizando a cláusula WHEN na captura de exceções

A cláusula WHEN é usada para capturar exceções específicas e tratá-las de acordo com o erro ocorrido. Vamos ver um exemplo:

DELIMITER //

CREATE PROCEDURE exemplo_tratamento_excecoes()
BEGIN
  DECLARE saldo INT;
  
  SELECT conta_saldo INTO saldo FROM contas WHERE conta_id = 123;
  
  IF saldo < 0 THEN
    SIGNAL SQLSTATE '45000' SET MESSAGE_TEXT = 'Saldo insuficiente';
  END IF;
  
  -- Outras operações a serem executadas em caso de sucesso
END;
//

DELIMITER ;

Neste exemplo, o procedimento exemplo_tratamento_excecoes consulta o saldo de uma conta e, caso o saldo seja negativo, lança uma exceção com a mensagem “Saldo insuficiente” usando a instrução SIGNAL. Você pode definir o código de estado da exceção (SQLSTATE) de acordo com suas necessidades.

2. Tratamento de exceção genérica

Você também pode capturar exceções genéricas e tratá-las em um bloco EXCEPTION sem utilizar a cláusula WHEN. Isso permite que você lide com qualquer tipo de exceção que possa ocorrer no bloco BEGIN. Vejamos um exemplo:

DELIMITER //

CREATE PROCEDURE exemplo_tratamento_excecao_generica()
BEGIN
  DECLARE saldo INT;
  
  BEGIN
    SELECT conta_saldo INTO saldo FROM contas WHERE conta_id = 456;
    
    IF saldo < 0 THEN
      SIGNAL SQLSTATE '45000' SET MESSAGE_TEXT = 'Saldo insuficiente';
    END IF;
    
    -- Outras operações a serem executadas em caso de sucesso
  EXCEPTION
    WHEN OTHERS THEN
      -- Tratamento da exceção genérica
      SIGNAL SQLSTATE '50000' SET MESSAGE_TEXT = 'Erro desconhecido';
  END;
END;
//

DELIMITER ;

Neste exemplo, o procedimento exemplo_tratamento_excecao_generica faz a mesma operação anterior, mas, em vez de capturar exceções específicas, ele usa WHEN OTHERS para capturar qualquer exceção que ocorra dentro do bloco BEGIN. Em seguida, ele lança uma exceção com a mensagem “Erro desconhecido”.

Conclusão

O tratamento de exceções é uma parte fundamental da programação em PL/SQL, garantindo que os erros sejam tratados de forma adequada e evitando problemas maiores no sistema. Através do uso de blocos BEGIN...EXCEPTION...END, você pode capturar exceções específicas ou tratar exceções genéricas, garantindo uma maior robustez e confiabilidade nos seus procedimentos armazenados e funções no MariaDB.

Lembrando sempre de utilizar mensagens de erro descritivas, fornecer informações úteis ao usuário final e registrar as exceções em log para posterior análise e diagnóstico.

Abs

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